Metereologia
Camadas da Atmosfera
Foram estabelecidas em 1951 pela união geodésica internacional.
- Troposfera
- Tropopausa
- Estratosfera
- Estratopausa
- Mesosfera
- Mesopausa
- Termosfera
- Termopausa
- Exosfera

Características das camadas atmosféricas
Troposfera
07 a 09 km nos pólos
13 a 15 km nas latitudes temperadas
17 a 19 km no equador
Particularidades:
Ocorrência do:
Gradiente Térmico – Redução de 2º C de temperatura para cada 1000 ft de altitude, ou 0,65º C de temperatura para cada 100 m de altitude.
Existência de:
Umidade – Partículas de água, até 4% do volume de ar.
Núcleos de Condensação – Aglomerados de partículas, poeira, que aderem à umidade do ar, causando a precipitação (chuva).
Tropopausa
03 a 05 km nos pólos
11 km em geral
-90º C nos pólos
-56 C na latitude 45º
-80º C a -90º C no equador
Particularidades:
Isotermia – A temperatura não varia verticalmente na Tropopausa.
Sem Umidade – Quantidade de umidade do ar desprezível.
Estratosfera
Largura de 25 a 50 km
Chega a 50 km acima da superfície terrestre
Particularidades:
Difusão da Luz– A cor que melhor é difundida e o Azul.
Ionosfera (ou Termosfera)
Entre 60.000 e 70.000 km acima da superfície terrestre
400 a 500 km
Particularidades:
Excelente condutora de eletricidade – A cor que melhor é difundida e o Azul.
Absorve raios ultra violeta advindos do sol
Exosfera
Acima de 1000 km do solo
400 a 500 km
Particularidades da Tropopausa:
Já está na transição para o espaço interplanetário.
Ar rarefeito – Não oferece filtragem da radiação solar
Magnetosfera
Entre 60.000 km a 100.000 km de altura
Importância dos gases
Nitrogênio Atenua o efeito oxidante do oxigênio.
Oxigênio Importante para a respiração.
Hipóxia
- Perda de oxigênio nos tecidos do corpo
- Ocorre entre 10.000 e 12.000 m
- Sintomas: Tontura / Perda de visão (visão cinza) / Sensação de Bem estar / Sonolência / Agressividade / Dor de cabeça
- Período de 72 horas para recuperação: mergulhos abaixo de 30 m
- Álcool causa hipóxia.
Calor e Temperatura
Calor Energia cinética das moléculas de um corpo.
A tendência dos corpos é trocar calor até que a temperatura se iguale.
Quanto mais altitude, menor temperatura
Termometria Todo corpo exposto ao calor tende a aumentar seu volume.
A tendência dos corpos é trocar calor até que a temperatura se iguale.
Quanto mais altitude, menor temperatura
Escalas
Célsius | Kelvin | Fahrenheit | |
Ebulição da água | 100º C | 373º K | 212º F |
Congelamento | 0º C | 273º K | |
Zero absoluto | -273º C | 0º C | -459º F |
Cº – Célsius (centígrado)
Kº – Kelvin (escala absoluta) 0º K = -273º célsius
Fº – Fahrenheit
Rº – Rankine
Temperatura
Para fins metrológicos a temperatura pode ser medida no solo ou em altitude.
Um vôo seguro depende diretamente das condições metereológicas, muito importante lembrar que a temperatura influencia nas condições presentes e futuras.
Abaixo veremos alguns equipamentos que nos ajudam a medir e gravar dados de temperatura.
Psicrômetro
Fica num ajardinado metereológico .
- Localizado cerca de 1,50m do solo
- Indica informações de temperatura ambiente
- Indica o ponto de orvalho (temperatura próxima ao ponto de orvalho = chuva muito provável)
Radiosondagem
- É feita com um balcão com uma sonda acoplada.
Telepisicrômetro
- É um termômetro instalado próximo a cabeceira da pista
METAR
Código de observação local das condições metereológicas de um aeródromo
É confeccionado pela EMS (Estação Metereológica de Solo ) de hora em hora cheia.
SPECI – É um METAR intermediário, não obrigatório, divulgado em intervalos intermediários entre um METAR e outro
CAVOC – Ceiling and Visibility OK
TAF (É METARzão)
Terminal and Aerodrome Forecast.
É de PREVISÃO (Não é de observação como o METAR)
É feito por uma EMA – Estação Metereológica de Altitude
É confeccionado por um centro de previsão.
Atmosfera Padrão
A ISA – ICAO Standard Atmosphere – Definiu padrões para confecção de manuais e procedimentos.
MSL – Mean Sea Level (ou NMM – Nível médio do mar)
Temperatura: 15º C
Latitude: 45º N
Gravidade: 9,8 ms
Velocidade do som: 340 m/s – 1.224 km/h
Pressão Atmosférica: 1013.25 hPa (hectoPascais)
760 mmHg (milímetros de mercúrio)
29,92 polHg (polegadas de mercúrio)
Pressão Atmosférica
Evangelista Torricelli – 1643
Foi o responsável por estabelecer a pressão atmosférica de 760 mm/hg ao nível do mar.
Instrumentos medidores de pressão
- Barômetro
- Com indicações de Mercúrio
- Aneróide – Utiliza uma cápsula aneróide – Avalia a diferença de pressão.
- Altímetro
- Janela de Kolsman (Mostra a pressão atmosférica MSL utilizada pelo altímetro)
- Ponteiro Grande – Centenas de pés
- Ponteiro Médio – Milhares de pés
- Ponteiro Fininho –
- KNOB – Botão para ajustar a pressão atmosférica / ajuste altimétrico.
- Barógrafo
- Registra a pressão atmosférica – Usa uma fitinha para apresentar as variações
Gradiente de Pressão
Decréscimo de 1 hPa a cada 30 ft – > Este é que é usado na aviação
1 pol a cada 1000 ft
1 mm/Hg a cada 36 ft
Superfícies Isobáricas
Superfícies de pressões iguais, paralelas entre si, paralelas ao nível do mar.
Variação diurna da pressão – Maré barométrica
A pressão atmosférica varia durante o dia:
Máximas: 10:00h (manhã) 22:00h (noite)
Mínimas: 04:00h (madrugada) 16:00h (tarde)
Fator D
Diferença entre a pressão atmosférica ISA (1013.2 hPa )e a pressão atual no nível do mar.
Ex: Se a pressão no nível do mar for 1016 hPa, ao invés da pressão ISA de 1013.2 hPa, haverá uma diferença de 2.8 hPa, o que resultará em uma diferença de medição no altímetro de:
2.8 hPa * 30 ft = 84 ft
Linhas ISOÍPSAS
São linhas que unem os pontos que tem os mesmos valores de altitude e pressão, em cartas de pressão constante (cartas de altitude).
Linhas ISOBARAS
São linhas que unem os pontos de mesmos valores de pressão em cartas aeronáuticas.
Variações de Pressão Atmosférica
Relação | ||
Pressão x Temperatura | Inversamente | > temperatura < pressão |
Pressão x Altitude | Inversamente | > altitude < pressão |
Pressão x Umidade | Inversamente | > Umidade < Pressão |
Pressão x Densidade | Diretamente | > densidade > pressão |
Pressão x Latitude | Diretamente | > Latitude > Pressão |
Sistemas de Pressões
Sistemas de tempo RUIM para o Voo
CICOLNE: Sistema FECHADO de BAIXA pressão no centro.
CAVADO: Sistema ABERTO de BAIXA pressão no centro.
Sistemas de tempo BOM para o Voo
ANTI-CICOLNE: Sistema FECHADO de ALTA pressão no centro.
CRISTA ou CUNHA: Sistema ABERTO de ALTA pressão no centro.
COLO: Sistema CERCADO de áreas de ALTA e BAIXA pressão aos lados.
Reduções de Pressão
Referências Altimétricas
QFF Só interessa para metereologista
QFE Query Field Elevation
Ajuste a Zero do KNOB do altímetro para mostrar a ALTURA – Conhecida como Pressão da Estação (Metereológica)
QNH Query No Height
Pressão da estação metereológica reduzida ao Nível do Mar – Pressão ao do nível médio do mar MSL
QNE Query “Nivel” Elevation
Pressão ajustada em nível de vôo. É sempre ajustado para Pressão MSL- ISA 1013 hPa.
Altitude Transição: Subindo -> Transição de ALTITUDE para NÍVEL
TA – Transition Altitude. Altitude onde é feita a transição da QNH para QNE
Nível Transição: Descendo -> Transição de NÍVEL para ALTITUDE
TL – Transition Level. Altitude onde é feita a transição da QNE para QNH
Campo | Exemplos | DESCRIÇÃO |
CODIGO | METAR ou SPECI | METAR – de hora em hora.
SPECI – Em intervalos intermediários conforme necessidade. |
LOCAL | SBSP | Código ICAO do Aeródromo |
DATA/HORA | 092100Z | 09 – Dia 09 do mês atual
2100 – 21:00h Z – Hora Zulu (19:00h local) |
VENTO | 20010G25KT 180V340
|
200º – Direção Graus Verdadeiros de direção do vento
10 kts – Velocidade do vento = 10 kts G – Rajadas de Vento 25KT – Velocidade das rajadas de vento 25 = kts 180V340 – Variação da direção do vento de 180º até 340º |
VISIBILIDADE | 1000S | 1000 – 1.000 metros
S – Setor SUL Obs1 – Havendo variação de 50% ou mais, com visibilidade < 5000 codifica-se a menor com o setor Obs2 – Quando a visibilidade mínima for < 1500 e a máxima > 5000, ambas serão seguidas do setor. Ex: 1000E 6000SW |
PISTA | R09/1300U | R09 – Cabeceira 09 Direita (Right)
1300 – 1.300 metros U – Aumentando (Up) Obs 1 1000U – UP – Aumentando 1000N – NONE – Nenhum 1000D – DOWN – Baixando Obs 2 Pode ser também de outra forma: P1000 – PLUS – Superior a 1.000 m M0050 – MINUS – Inferior a 50 m |
TEMPO PRESENTE | TSRA | Quanto a precipitação
RAIN – Chuva DRIZZLE – Chuvisco SHWR – Pancada TSHWR – Tunderstorm – Trovoada SNOW – Neve Quanto a Visibilidade MIST – Névoa úmida HAZE – Névoa Seca FOG – Nevoeiro |
NEBULOSIDADE | SCT010
BKN015 FEW030CB OVC100 |
Quanto ao preenchimento do céu por nuvens
FEW – Pouco 1/8 a 2/8 de nuvens SCT – Scattered 3/8 a 4/8 de nuvens BKN – Broken 5/8 a 7/8 de nuvens OVC – Overcast 8/8 de nuvens 010 – Altura da base da nuvem em centenas de pés. 1.000 ft Obs 1 Tipo da nuvem: CB ou TCU Obs2 SKC – Sky Clear VV – Céu obscurecido – Seguido a visibilidade vertical |
TEMPERATURA / Pto. DE ORVALHO |
20/16 | 20 – Temperatura 20º C
16 – Ponto de orvalho 16º C |
PRESSÃO AO NÍVEL DO MAR | Q1013 | Q – QNH
1013 – Pressão reduzida ao nível do mar (QNH) 1013 hPa |
Termos Metereológicos
Fusão
Passagem do estado sólido para o líquido.
Evaporação
Passagem do estado líquido para o gasoso.
Condensação
Passagem do estado gasoso para líquido.
Sublimação
Passagem do estado gasoso para sólido, ou do sólido para o gasoso.
Solidificação
Passagem do Líquido para o sólido.
Umidade Atmosférica
É o teor de vapor d’água presente na própria atmosfera. Podendo existir de 0% a 4% de vapor de água na atmosfera.
Ar Seco – Quantidade desprezível de vapor d’água
Ar Úmido – 1% a 3% de vapor d’água
Ar Saturado – 4% de vapor d’água
Instrumentos de medição
HIGRÔMETRO – Mede a umidade relativa do ar.
HIGRÓGRAFO – Grava a umidade relativa do ar.
Umidade Absoluta
É a razão absoluta entre a massa de ar e a massa de vapor de água considerada.
É expressa em: g/m3 Ex: 2 g/m3
Ponto de Orvalho
Temperatura que um volume de ar deve atingir para tornar-se saturado com o valor de água nele existente.
Aerossóis ou Núcleo Higroscópico
São partículas com a propriedade de acumular água. Ex: Sal – Cloreto de sódio / Arroz no saleiro.
Resfriamento
- Radiação Transporte de calor SEM MEIO FÍSICO (Calor>OndaMagnética>Calor)
- Convecção Transporte VERTICAL de calor
- Advecção Transporte HORIZONTAL de calor
- Efeito orográfico Formação de nuvens no topo das montanhas
- Efeito dinâmico Formação de nuvens pelo movimento de massa de ar
Tipos de Precipitação
Chuva
Gotas de água visivelmente separadas com diâmetro mínimo de 0,5 mm
Chuvisco
Gotículas de água menores que 0,5 mm e uniformemente dispersas, que parecem flutuar no ar, acompanhando o sopro da brisa.
Granizo
Grãos de água congelada, semitransparentes redondos ou cônicos. Cada grão se compõe de um núcleo de água-neve encoberto por camada de gelo muito fina, que lhe dá aparência vidrada, com diâmetro entre 2 e 5 mm.
Acima de 5 mm a ocorrência de SARAIVA.
Neve
Cristais hexagonais, irradiados ou estrelados comumente misturados com cristais de gelo simples.
Quantidade de Precipitação
Mede-se a altura da água acumulada numa superfície horizontal e num determinado intervalo de tempo.
Nas formas sólidas, observa-se a altura real da massa acumulada no solo antes de haver fusão.
Unidades de medida:
Formas líquidas: mm
Formas sólidas cm
Intensidade de Precipitação (Chuva)
Chuva
Leve 5 mm / h
Moderada 5,1 a 25 mm / h
Forte 25,1 a 50 mm /h
Chuvisco
Leve 0,25 mm / h Visibilidade > 1.000 m
Moderada 0,25 a 0,5 mm / h Visibilidade de 500m a 1.000 m
Forte > 0,5 mm /h Visibilidade < 500 m
Caráter
É o aspecto de continuidade com que a precipitação ocorre.
Nuvens
Processos de formação
Convectivo
- Água aquece
- Água evapora
- Vapor de água sobe por convecção para níveis mais altos
- Vapor é resfriado pela baixa temperatura em altitude
- Vapor de água condensa
- Gotículas de água ficam em suspensão
- Gotículas se acumulam formando nuvens.
Orográfico
- Massa de ar se choca com a base da montanha
- Aumenta a pressão e baixa temperatura
- Formam-se nuvens no topo da montanha.
Dinâmico
- Ar quente e úmido encontra Ar frio
- A baixa temperatura condensa a umidade do Ar quente
- Formam-se nuvens.
Aspectos
Estratiformes
Nuvens com grande extensão horizontal
Normalmente associadas BOM tempo
Cumuliformes
Nuvens com grande extensão vertical
Normalmente associados ao MAU tempo
Tem bases e extremidades bem definidas.
Fases do CB
Desenvolvimento Fase inicial do CB.
Maturidade Base da nuvem mais escura e lisa. Cheio de água em baixo da nuvem.
Declínio / Dissipação Quando o CB está se dissipando. Dá pra ver outras nuvens por trás.


RAS – Razão Adiabática Seca
-1º C / 100 m.
A razão adiabática seca é a variação da temperatura de uma parcela de ar seco que se eleva até a base de uma nuvem.
Conforme a massa de ar vai subindo, a temperatura vai caindo, até que fica igual ao ponto de orvalho. A água condensa e forma-se a base da nuvem.
É usada na fórmula para calcular a altura da base da nuvem.
RAU – Razão Adiabática Úmida
-0,6º C / 100 m ( -2º C / 1.000’ )
A razão adiabática úmida é a variação da temperatura de uma parcela de ar úmido (dentro de uma nuvem) que se eleva da base de uma nuvem até o topo.
É usada na fórmula para calcular a altura de uma nuvem.
Superadiabáticos ou Gradiente Autoconvectivo
É uma Razão adiabática que supera – 1º C / 100 m.
Não supera a razão de -3,42º / 100m.
Associada: Trombas d’água, furacões, tornados, onde não há equilíbrio atmosférico.
NCC – Nível de Condensação Convectiva
É o nível onde o ar saturado se condensa e dá origem a nebulosidade convectiva, geralmente nuvens cúmulus.
Neste nível a temperatura do ar é igual ao ponto de orvalho.
A altura do NCC equivale à altura da base da nuvem.
Temperatura convectiva
É a temperatura que, em superfície, dá origem ao processo de convecção que irá formar as nuvens cumuliformes.
Gradiente do Ponto de Orvalho
-0,2º C / 100 m
Fórmula para calcular a base das nuvens (Apenas para nuvens convectivas)
Base da Nuvem = ( 100 m / ( 1º – 0,2º ) ) * (TemperaturaExterna – TemperaturaPontoOrvalho)
ou simplesmente
Base da Nuvem = 125 * (TT – TdTd)
Equilíbrio da Atmosfera
A atmosfera real possui valores negativos (inversão térmica) até o valor máximo de 3,42º / 100 m.
Gradiente Térmico Atmosfera ISA |
Gradiente Térmico Razão Adiabática SECA Atmosfera equilíbrio ESTÁVEL |
Gradiente Térmico Razão SUPERadiabática Atmosfera INSTÁVEL |
||||||||
º C | ft | m | º C | ft | m | º C | ft | m | ||
2 | 1.000 | 304,8 | 1 | 3.030 | 100,00 | 3,42 | 3.030 | 100,00 |
Equilíbrio do AR SECO
Dependendo da variação do GT da atmosfera, será afetado o equilíbrio atmosférico.
Equilíbrio Atmosférico ESTÁVEL GT < RAS : 1º C / 100 m
Equilíbrio Atmosférico NEUTRO OU INDIFERENTE GT = RAS : 1º C / 100 m
Equilíbrio Atmosférico INSTÁVEL GT > RAS : 1º C / 100 m
INSTABILIDADE Atmosférica ABSOLUTA ou MECÂNICA GT = Grad. Autoconvectivo : 3,42º C / 100 m
Equilíbrio do AR SATURADO – Unidade relativa 100% – Vapor de água 4%
Dependendo da variação do GT da atmosfera, será afetado o equilíbrio atmosférico.
Equilíbrio Atmosférico ESTÁVEL GT < RAU : 0,6º C / 100 m
Equilíbrio Atmosférico NEUTRO ou INDIFERENTE GT = RAU : 0,6º C / 100 m
Equilíbrio Atmosférico INSTÁVEL GT > RAU : 0,6º C / 100 m
Equilíbrio CONDICIONAL
Equilíbrio Atmosférico ESTÁVEL GT entre 0,6º e 1º
Tempo associado ao Equilíbrio
ESTABILIDADE | INSTABILIDADE | |
Visibilidade | Ruim | Boa |
Nuvens | NVO, NVU, NVS, FUM | Cumulifomes |
Precipitação | Leve e contínua | Pancada |
GT | < RAS : 1º / 100m | > RAS : 1º / 100m |
Gelo | Escarcha (gelo mais frio / visível) | Claro (transparente / menos visível) |
Ar | Calmo | Turbulento, Rajadas, Trovoadas. |
Nevoeiro (ou Neblina)
Aglomerado de gotículas d’água em suspensão.
É uma nuvem status junto a superfície.
Visibilidade < 1000 METROS
Umidade Relativa > 95% < 100%
Condições favoráveis para formação de nevoeiro
- Ventos fracos na superfície
- Umidade relativa do ar alta
- Núcleos de condensação – Sal / poeira / aerosóis
- Resfriamento
Tipos de Nevoeiro
- De massas de ar
- Radiação (ou Superfície )
- Advecção (de vapor / marítimo / orográfico / brisa / glacial) – Encontro de 2 massas de ar
- Frontais
- Pré-frontal (antes de uma frente QUENTE entrando)
- Pós-frontal (depois de uma frente FRIA saindo)
Névoa ÚMIDA (Mist)
Difunde melhor cor AZUL.
É diferente do nevoeiro por causa da MAIOR VISIBILIDADE.
Visibilidade >= 1000 METROS
Umidade Relativa >= 80% < 95%
Névoa SECA (Haze)
Difunde melhor a cor VERMELHA
Concentração de partículas sólidas dentro de uma camada estável da atmosfera. (São Paulo final de tarde)
Pode estender-se da superfície até 4.000 m
Visibilidade >= 1000 METROS
Umidade Relativa < 80%
Hidrometeoros
Fenômenos aquosos formados pela água na forma gasosa (Nuvens e Nevoeiros) e/ou forma líquida e sólida.
Apresentam sob a forma de depositados ou precipitação.
Depositatos
Orvalho
Gotículas de água depositadas por condensação direta do vapor água, principalmente nas superfícies horizontais.
Causa: Radiação Noturna – Radiação Terrestre
Geada
São cristais de gelo fino, que se depositam nas condições semelhantes ao orvalho, porém com temperatura <= 0 na superfície.
Escarcha
Quando existe um nevoeiro, super resfriado, camadas brancas de cristais de gelo formam-se em formato pontiagudo em superfícies verticais nas pontas e arestas de objeto.
É um estágio mais avançado da geada.
Sincelos
Pequenas formações em forma de coluna que se formam do escorrimento de telhas e telhados.
É uma escarcha mais avançada. Ex: Estalactite.
BR – Nevoa Úmida (Mist)
Visibilidade entre 1.000m e 5.000m – Umidade relativa entre 85 a 95%
HZ – Nevoa Seca (Haze)
Visibilidade entre 1.000m e 5.000m – Umidade relativa até 80%.
Precipitado
RA – Chuva (Rain)
Diâmetro mínimo de 5mm.
DZ – Chuvisco (Drizzle)
Diâmetro < 5mm. É a que mais restringe visibilidade.
SN –Neve (Snow)
Sólida – Flocos
GR – Granizo PEQUENO / GS – Granizo GRANDE
Grande > 5 mm
Intensidade – Precipitados
Leve
Visibilidade > 1.000m
Moderada
De 500 a 1.000m
Forte
Visibilidade < 500m
Caráter – Precipitados
Intermitente
Nimbusstratus
Contínuo
Stratiformes
Pancadas
Cumuliformes
Litometeoros
Minúsculas partículas sólidas em suspensão na atmosférica.
HZ –Névoa Seca (Haze)
Visibilidade >= 5.000m UR menor que 80%. Difunde a luz vermelha.
DU – Poeira (Dust)
Visibilidade <= 5.000m. Difunde a luz amarela.
FU –Fumaça
Visibilidade <= 5.000m
FUFG –Fumaça com Nevoeiro
Fumaça com nevoeiro FUFG, dispersa com alto índice de UR umidade relativa.
Visibilidade Atmosférica
É maior distância na qual um objeto pode ser visto e identificado a distância sem o auxílio ótico.
É o grau de transparência da atmosfera.
Pode ser:
- Estimada
- Medida
- Predominante
Visibilidade Horizontal
É observada num mesmo plano ao longo dos 360º em torno do ponto de observação.
Visibilidade ESTIMADA
É ESTIMADA. Através do conhecimento da distância de pontos de referência conhecida.
É usada uma carta de visibilidade que indica a distância dos pontos visuais de referência visíveis.

Visibilidade MEDIDA
Medida através do alcance visual na pista (RVR) = distância máxima ao longo de uma pista de pouso medida através de visibilômetros.
RVR = Runway Visual Range
Codificada no METAR/SPECI precedida pelas letras M (minus) ou P (plus)
Ex:
50m = M0050 Visibilidade inferior a 50m
2000m = P2000 Visibilidade superior a 2.000m
Visibilidade Vertical
É a distância máxima que um observador por ver e identificar um objeto na vertical.
Quando baixo, a visibilidade vertical no METAR precedida pelas letras “VV” e seguida por 3 números representando centenas de pés.
Ex:
VV010 = Visibilidade vertical (teto) 1.000 ft.
É codificada somente em condições de céu obscurecido.
Alcance: Balão teto, farol teto e tetômetro.
Visibilidade Oblíqua
É uma linha de visada inclinada em relação a horizontal.
É medida pelo tal do visibilômetro também.
Visibilidade de Aproximação
Distância na qual um piloto em sua trajetória de planeio de aproximação por instrumento, pode ver os auxílios de pouso no umbral da pista.
Fenômenos que reduzem a visibilidade
- Nevoeiro
- Nevoa Úmida
- Nevoa Seca
- Fumaça
- Poeira
- Precipitações
- Chuvisco
Turbulência
É um movimento irregular do fluxo de ar, acarretando agitações ascendentes e descentes sobre uma aeronave em voo.
Tipos de turbulência
- Convectiva (ou térmica)
- Orográfica (por irregularidade de terreno)
- Mecânica (ou de solo)
- Dinâmica
- Frontal
- De céu claro CAT (Clear Air Turbulence)
- Cortante de vento (windshear)
- Esteira de turbulência
Turbulência Convectiva
É mais comum e intensa sobre locais onde há regiões de terra e água próximas no período diurno.
Com o gradiente térmico RAS entre 0,6 e 1,0 a turbulência ocorre sempre dentro da nuvem
Se o RAS for maior que 1,0 / 100m (superadiabático) ocorrerá também fora da núvem
Turbulência Orográfica
Movimento de massa de ar por causa de irregularidades no terreno.
Depende da intensidade do vento e da altura do relevo.
Turbulência Mecânica ou de Solo
Os efeitos dependem principalmente da altura dos obstáculos e da intensidade do vento.
Turbulência Dinâmica – Frontal / Frente quente
Ascensão do ar quente e úmido e instável na rampa frontal.
É uma frente fria que vem empurrando uma massa de ar quente e causando instabilidade.
CAT – Clear Air Turbulence
Mais comum entre 20.000’ e 40.000’
Ocorrem na base e nas margens da JET STREAM (JTST), não ocorrem no núcleo ou eixo da Jet Stream.
Turbulência Cortante de Vento – Windshear
Variações verticais ou horizontais do vento com muita velocidade.
OBS: Windshear não é visível, mas o Microburst é.
Essa DERRUBA aeronave mesmo!
Esteira de Turbulência
Par de vórtices que giram em sentidos opostos , provenientes das pontas das asa de uma aeronave, durante a decolagem e pouso.
Intensidade da turbulência
Critério mais objetivo: a turbulência vai interferir na velocidade indicada VI (ou IAS).
LEVE: IAS oscila de 05kt a 15 kt. Objetos soltos voam.
MODERADA: IAS oscila de 15kt a 25 kt. Tripulantes voam.
FORTE: IAS oscila de 25kt a 35 kt. Aeronave pode perder o controle.
Rosa dos Ventos

Pontos cardeais
- E: este ou leste
- N: norte
- W: oeste
- S: sul
Pontos colaterais
- NE: nordeste
- NW: noroeste
- SE: sudeste
- SW: sudoeste
Pontos subcolaterais
- ENE: este-nordeste
- ESE: este-sudeste
- SSE: sul-sudeste
- NNE: norte-nordeste
- NNO/NNW: norte-noroeste
- SSO/SSW: sul-sudoeste
- OSO/WSW: oeste-sudoeste
- ONO/WNW: oeste-noroeste
Vento
“Ar em movimento horizontal ou aproximadamente horizontal”
Características:
- Direção
- Velocidade
- Caráter
Direção do vento:
- De onde vem (sempre)
- Informado de 10 em 10 graus
- Referente ao Norte Magnético: Pousos e Decolagens
- Referente ao Norte Verdadeiro: Metereologia / Navegação aérea
Velocidade do Vento
Distância percorrida na unidade de tempo, expressa em Kts.
Caráter do Vento
Aspecto de continuidade do vento.
Médio: Observado/existente por no mínimo 10 minutos
Rajada: Vento intermitente em que a diferença entre a sua velocidade normal, e a velocidade média é de no mínimo 10 kts, num período não superior a 20s.
OBS: Vento é medido pelo ANEMÔMETRO.
Efeitos do vento
Pousos e decolagens: Vento de proa – CONTRA O VENTO
Navegação aérea: Vento de cauda – A FAVOR DO VENTO
Física dos Ventos
O ar é “movido” pela FGP – Força de Gradiente de Pressão. Que tenta igualar a preção de 2 massas.
Efeito de Coriolis
É o efeito da rotação da terra sobre massas de ar ou aeronaves em voo.
Hemisfério SUL: Desloca para ESQUERDA / HORÁRIO
Hemisfério NORTE: Desloca para DIREITA / ANTI-HORÁRIO

Bizu Hemisfério SUL
No hemisfério SUL é como abaixo, no norte é tudo ao contrário

Bizu Hemisfério Norte

Lei de Buys-Ballot
Sempre que você voa com VENTO DE CAUDA no hemisfério SUL, terá massas de ar com BAIXA PRESSÃO a DIRETA e massas com pressão mais ALTA a esquerda.
DICA: Sempre que voar com vento de cauda, e encontrar um CB a frente, deixá-lo a DIREITA (por que o CB está se deslocando da área de alta pressão Para a área de baixa – da esquerda para direita)
Circulação geral de ventos
Barostrófica – Circulação por diferença do gradiente de pressão FGP.
Geostrófica – Circulação por diferença do gradiente de pressão FGP + Efeito de Coriolis.
Inferior: Abaixo de 20.000’
Superior: Acima de 20.000’
Massa de ar
É um vasto volume de ar de grande espessura, que apresenta uma certa homogeneidade horizontal, propriedades físicas quase uniformes, ao mesmo nível, e principalmente no que concerne a temperatura umidade e pressão.
Origem
Região onde a massa de ar adquire as características que servem para sua identificação
Quanto maior o período de contato, maior a espessura da massa de ar.
São bem definidas, e estão localizadas normalmente no FL 180 – nível hpa 500 hpa.
OBS: Não há formação de massas de ar nas latitudes temperadas.
Origens
As massas de ar são designadas por letras maiúsculas que definem as latitudes de origem
- Equatoriais
- Tropicais
- Polares
- Antárticas e Árticas
OBS: Massas de ar árticas, antárticas e equatoriais, são aquelas que induzem ou dão origem as massas polares e tropicais.
As letras indicarão também indicarão
- K – Frio
- W – Quente
- C – Continentais
- M – Marítimas
EX:
CPK – Massa de ar continental Polar Fria (Origem Tipo Qente/Frio)
Massas Marítimas
São em geral mais úmidas
Massas Continentais
São em geral menos úmidas
Massas Equatoriais
São mais aquecidas e mais úmidas. São as massas que formam os tornados por causa do efeito de corioli, entre outras coisas.
Massas Tropicais
Mesmo as massas tropicais mais frias são sempre mais quentes que as polares mais frias.
Gelo
Se forma em voo entre -10º C e 4º C. em condições de umidade – CUIDADO!!!!
Massa de ar FRIA
Características:
- Instabilidade GT > 1º C / 100M
- Nebulosidade cumuliforme
- Visibilidade boa
- Turbulência
- Formação de gelo claro
- Umidade diminuída
- Precipitação tipo pancada ou intermitente
Massa de ar QUENTE
Características:
- Estabilidade GT <= 1º C / 100M
- Nebulosidade estratiforme
- Visibilidade ruim
- Ar calmo
- Formação de gelo opaco
- Umidade aumentada
- Precipitação contínua
Frente Estacionária
Equilíbrio entre a massa de ar polar e a tropical (pressão densidade).
Frente Frontogênese
Formação ou regeneração de uma frente fria, quente, oclusa ou estacionária.
Frente Frontólise – Dissipação
Dissipação ou enfraquecimento de uma frente fria, quente oclusa ou estacionária.
Chegada de Frente FRIA
Ocorre quando o ar mais frio desloca o ar mais quente.
É preciso que a pressão caia na frente quente para a fria poder entrar.
Declive: 1: 80
Deslocamento: Hemisfério Sul: de SW para NE (vem da argentina para o sudeste do Brasil)
Hemisfério Norte: de NE para SW
Pressões: Área pré-frontal : pressões diminuem
Área frontal: valores mínimos
Área pós-frontal: pressões sobem
Temperaturas: Área pré-frontal : temperaturas aumentam
Área frontal: temperaturas diminuem
Área pós-frontal: temperaturas diminuem
Ventos: Hemisfério SUL:
Área pré-frontal : ventos NW
Área frontal: ventos W
Área pós-frontal: ventos SW
Hemisfério NORTE:
Área pré-frontal : ventos SW
Área frontal: ventos W
Área pós-frontal: ventos NW
Nevoeiro: Pós-frontal
Nuvens: Área pré-frontal : CI – Cirrus / CS – Cirrus Stratus chegando primeiro uns 1 ou 2 dias antes, quando a frente fria está chegando, seguindo-se depois as nuvens médias principalmente do tipo cumuliforme.
Linhas de Instabilidade
Antes da frente fria, vem uma linha de instabilidade, resulta em forte instabilidade, ligeira convergência e variação brusca de pressão.
Ocorre sobre as latitudes temperadas e subtropicais, entre 100km e 300km adiante.
Condições normalmente mais violentas do que na frente fria.
Chegada de Frente QUENTE
Está ligada a uma área de estabilidade.
Ela ocorre quando o ar mais quente desloca o ar mais frio ocupando seu lugar.
São mais lentas e menos violentas que as frentes frias.
Declive: 1: 150
Deslocamento: Hemisfério Sul: de NW para SE (vem da região equatorial para o sudeste)
Hemisfério Norte: de SE para NW
Pressões: Área pré-frontal : pressões diminuem mais acentuadamente
Área frontal: valores mínimos mais acentuadamente
Área pós-frontal: pressões sobem mais acentuadamente
Temperaturas: Área pré-frontal : temperaturas aumentam
Área frontal: temperaturas aumentam
Área pós-frontal: ligeira queda
Ventos: Hemisfério SUL:
Área pré-frontal: ventos SW
Área frontal: ventos W
Área pós-frontal: ventos NW
Hemisfério NORTE:
Área pré-frontal : ventos NW
Área frontal: ventos W
Área pós-frontal: ventos SW
Nevoeiro: Pré-frontal
Nuvens: A seqüência de nuvens é a característica principal da chegada da frente quente:
CI -> CS -> AS/AC -> SC e NS -> CU/CB -> ST
Nuvens de estágio ALTO -> MÉDIO -> BAIXO
Frente Estacionária
Quando um sistema frio ou quente estaciona, ou quase estaciona sobre uma região.
As condições de tempo são semelhantes às de uma frente quente.
Caracteriza-se pela continuidade do tempo associados a ela por vários dias.
Frente Oclusa
É quando se unem uma frente fria com frente quente, ou quente com frente fria.