Metereologia

Camadas da Atmosfera

Foram estabelecidas em 1951 pela união geodésica internacional.

  1. Troposfera
    1. Tropopausa
  2. Estratosfera
    1. Estratopausa
  3. Mesosfera
    1. Mesopausa
  4. Termosfera
    1. Termopausa
  5. Exosfera
Camadas da atmosfera

Características das camadas atmosféricas

Troposfera        

                              07 a 09 km                   nos pólos
13 a 15 km                   nas latitudes temperadas
17 a 19 km                   no equador

Particularidades:

Ocorrência do:
Gradiente Térmico – Redução de 2º C de temperatura para cada 1000 ft de altitude, ou 0,65º C de temperatura para cada 100 m de altitude.

Existência de:
Umidade – Partículas de água, até 4% do volume de ar.
Núcleos de Condensação – Aglomerados de partículas, poeira, que aderem à umidade do ar, causando a precipitação (chuva).

Tropopausa      

                              03 a 05 km                   nos pólos
11 km                            em geral

-90º C                            nos pólos
-56 C                              na latitude 45º
-80º C a -90º C           no equador

Particularidades:

Isotermia – A temperatura não varia verticalmente na Tropopausa.
Sem Umidade – Quantidade de umidade do ar desprezível.

Estratosfera

Largura de 25 a 50 km
Chega a 50 km acima da superfície terrestre

Particularidades:

Difusão da Luz– A cor que melhor é difundida e o Azul.

Ionosfera (ou Termosfera)

Entre 60.000 e 70.000 km acima da superfície terrestre

400 a 500 km

Particularidades:

Excelente condutora de eletricidade – A cor que melhor é difundida e o Azul.
Absorve raios ultra violeta advindos do sol

Exosfera

Acima de 1000 km do solo

400 a 500 km

Particularidades da Tropopausa:

Já está na transição para o espaço interplanetário.
Ar rarefeito – Não oferece filtragem da radiação solar

Magnetosfera

Entre 60.000 km a 100.000 km de altura

 

Importância dos gases

Nitrogênio         Atenua o efeito oxidante do oxigênio.

Oxigênio             Importante para a respiração.

Hipóxia

  • Perda de oxigênio nos tecidos do corpo
  • Ocorre entre 10.000 e 12.000 m
  • Sintomas: Tontura / Perda de visão (visão cinza) / Sensação de Bem estar / Sonolência / Agressividade / Dor de cabeça
  • Período de 72 horas para recuperação: mergulhos abaixo de 30 m
  • Álcool causa hipóxia.

Calor e Temperatura

Calor                    Energia cinética das moléculas de um corpo.

A tendência dos corpos é trocar calor até que a temperatura se iguale.

Quanto mais altitude, menor temperatura

Termometria     Todo corpo exposto ao calor tende a aumentar seu volume.

A tendência dos corpos é trocar calor até que a temperatura se iguale.

Quanto mais altitude, menor temperatura

Escalas                

Célsius Kelvin Fahrenheit
Ebulição da água 100º C 373º K 212º F
Congelamento 0º C 273º K
Zero absoluto -273º C 0º C -459º F

Cº – Célsius (centígrado)

Kº – Kelvin (escala absoluta) 0º K = -273º célsius

Fº – Fahrenheit

Rº – Rankine

Temperatura

Para fins metrológicos a temperatura pode ser medida no solo ou em altitude.

Um vôo seguro depende diretamente das condições metereológicas, muito importante lembrar que a temperatura influencia nas condições presentes e futuras.

Abaixo veremos alguns equipamentos que nos ajudam a medir e gravar dados de temperatura.

Psicrômetro

Fica num ajardinado metereológico .

  • Localizado cerca de 1,50m do solo
  • Indica informações de temperatura ambiente
  • Indica o ponto de orvalho (temperatura próxima ao ponto de orvalho = chuva muito provável)

Radiosondagem

  • É feita com um balcão com uma sonda acoplada.

Telepisicrômetro

  • É um termômetro instalado próximo a cabeceira da pista

METAR

Código de observação local das condições metereológicas de um aeródromo

É confeccionado pela EMS (Estação Metereológica de Solo ) de hora em hora cheia.

SPECI – É um METAR intermediário, não obrigatório, divulgado em intervalos intermediários entre um METAR e outro

CAVOC – Ceiling and Visibility OK

TAF (É METARzão)

Terminal and Aerodrome Forecast.

É de PREVISÃO (Não é de observação como o METAR)

É feito por uma EMA – Estação Metereológica de Altitude

É confeccionado por um centro de previsão.

Atmosfera Padrão

A ISA – ICAO Standard Atmosphere – Definiu padrões para confecção de manuais e procedimentos.

MSL – Mean Sea Level  (ou  NMM – Nível médio do mar)

Temperatura:                   15º C

Latitude:                            45º N

Gravidade:                        9,8 ms

Velocidade do som:        340 m/s – 1.224 km/h

Pressão Atmosférica:     1013.25 hPa  (hectoPascais)
760 mmHg (milímetros de mercúrio)
29,92 polHg (polegadas de mercúrio)

 

Pressão Atmosférica

Evangelista Torricelli – 1643

Foi o responsável por estabelecer a pressão atmosférica de 760 mm/hg ao nível do mar.

Instrumentos medidores de pressão

  • Barômetro
    1. Com indicações de Mercúrio
    2. Aneróide – Utiliza uma cápsula aneróide – Avalia a diferença de pressão.
  • Altímetro
    1. Janela de Kolsman (Mostra a pressão atmosférica MSL utilizada pelo altímetro)
    2. Ponteiro Grande – Centenas de pés
    3. Ponteiro Médio – Milhares de pés
    4. Ponteiro Fininho –
    5. KNOB – Botão para ajustar a pressão atmosférica / ajuste altimétrico.
  • Barógrafo
    1. Registra a pressão atmosférica – Usa uma fitinha para apresentar as variações

Gradiente de Pressão

Decréscimo de                              1 hPa   a cada   30 ft                    – > Este é que é usado na aviação
1 pol   a cada  1000 ft
1 mm/Hg    a cada  36 ft

Superfícies Isobáricas

Superfícies de pressões iguais, paralelas entre si, paralelas ao nível do mar.

Variação diurna da pressão – Maré barométrica

A pressão atmosférica varia durante o dia:

Máximas:                              10:00h (manhã)                                 22:00h (noite)
Mínimas:                               04:00h (madrugada)                        16:00h (tarde)

Fator D

Diferença entre a pressão atmosférica ISA (1013.2 hPa )e a pressão atual no nível do mar.

Ex: Se a pressão no nível do mar for 1016 hPa, ao invés da pressão ISA de 1013.2 hPa, haverá uma diferença de 2.8 hPa, o que resultará em uma diferença de medição no altímetro de:

2.8 hPa * 30 ft = 84 ft

Linhas ISOÍPSAS

São linhas que unem os pontos que tem os mesmos valores de altitude e pressão, em cartas de pressão constante (cartas de altitude).

Linhas ISOBARAS

São linhas que unem os pontos de mesmos valores de pressão em cartas aeronáuticas.

Variações de Pressão Atmosférica

Relação
Pressão x Temperatura Inversamente > temperatura < pressão
Pressão x Altitude Inversamente > altitude < pressão
Pressão x Umidade Inversamente > Umidade < Pressão
Pressão x Densidade Diretamente > densidade > pressão
Pressão x Latitude Diretamente > Latitude > Pressão

Sistemas de Pressões

Sistemas de tempo RUIM para o Voo

CICOLNE:                                     Sistema FECHADO de BAIXA pressão no centro.

CAVADO:                                     Sistema ABERTO de BAIXA pressão no centro.

Sistemas de tempo BOM para o Voo

ANTI-CICOLNE:                          Sistema FECHADO de ALTA pressão no centro.

CRISTA ou CUNHA:                   Sistema ABERTO de ALTA pressão no centro.

COLO:                                           Sistema CERCADO de áreas de ALTA e BAIXA pressão aos lados.

Reduções de Pressão

Referências Altimétricas

QFF        Só interessa para metereologista

QFE        Query Field Elevation
Ajuste a Zero do KNOB do altímetro para mostrar a ALTURA – Conhecida como Pressão da Estação (Metereológica)

QNH      Query No Height
Pressão da estação metereológica reduzida ao Nível do Mar – Pressão ao do nível  médio do mar MSL

QNE       Query “Nivel” Elevation
Pressão ajustada em nível de vôo. É sempre ajustado para Pressão MSL-  ISA 1013 hPa.

Altitude Transição:          Subindo -> Transição de ALTITUDE para NÍVEL
TA – Transition Altitude. Altitude onde é feita a transição da QNH para QNE

Nível Transição:               Descendo -> Transição de NÍVEL para ALTITUDE
TL – Transition Level. Altitude onde é feita a transição da QNE para QNH

Campo Exemplos DESCRIÇÃO
CODIGO METAR ou SPECI METAR – de hora em hora.

SPECI – Em intervalos intermediários conforme necessidade.

LOCAL SBSP Código ICAO do Aeródromo
DATA/HORA 092100Z 09 – Dia 09 do mês atual

2100 – 21:00h

Z – Hora Zulu (19:00h local)

VENTO 20010G25KT  180V340

 

200º – Direção Graus Verdadeiros de direção do vento

10 kts – Velocidade do vento  = 10 kts

G – Rajadas de Vento

25KT – Velocidade das rajadas de vento 25 = kts

180V340 – Variação da direção do vento de 180º  até 340º

VISIBILIDADE 1000S 1000 – 1.000 metros

S – Setor SUL

Obs1 – Havendo variação de 50% ou mais, com visibilidade < 5000 codifica-se a menor com o setor

Obs2 – Quando a visibilidade mínima for < 1500 e a máxima > 5000, ambas serão seguidas do setor. Ex: 1000E 6000SW

PISTA R09/1300U R09 – Cabeceira 09 Direita (Right)

1300 – 1.300 metros

U – Aumentando (Up)

Obs 1

1000U – UP – Aumentando

1000N – NONE  – Nenhum

1000D – DOWN – Baixando

Obs 2

Pode ser também de outra forma:

P1000 – PLUS – Superior a 1.000 m

M0050 – MINUS – Inferior a 50 m

TEMPO PRESENTE TSRA Quanto a precipitação

RAIN – Chuva

DRIZZLE – Chuvisco

SHWR – Pancada

TSHWR – Tunderstorm – Trovoada

SNOW – Neve

Quanto a Visibilidade

MIST – Névoa úmida

HAZE – Névoa Seca

FOG – Nevoeiro

NEBULOSIDADE SCT010

BKN015

FEW030CB

OVC100

Quanto ao preenchimento do céu por nuvens

FEW – Pouco 1/8 a 2/8 de nuvens

SCT – Scattered 3/8 a 4/8 de nuvens

BKN – Broken  5/8 a 7/8 de nuvens

OVC – Overcast  8/8 de nuvens

010 – Altura da base da nuvem em centenas de pés.  1.000 ft

Obs 1

Tipo da nuvem: CB ou TCU

Obs2

SKC – Sky Clear

VV – Céu obscurecido – Seguido a visibilidade vertical

TEMPERATURA /
Pto. DE ORVALHO
20/16 20 – Temperatura 20º C

16 – Ponto de orvalho 16º C

PRESSÃO AO NÍVEL DO MAR Q1013 Q – QNH

1013 – Pressão reduzida ao nível do mar (QNH) 1013 hPa

Termos Metereológicos

Fusão

Passagem do estado sólido para o líquido.

Evaporação

Passagem do estado líquido para o gasoso.

Condensação

Passagem do estado gasoso para líquido.

Sublimação

Passagem do estado gasoso para sólido, ou do sólido para o gasoso.

Solidificação

Passagem do Líquido para o sólido.

Umidade Atmosférica

É o teor de vapor d’água presente na própria atmosfera. Podendo existir de 0% a 4% de vapor de água na atmosfera.

Ar Seco – Quantidade desprezível de vapor d’água

Ar Úmido – 1% a 3% de vapor d’água

Ar Saturado – 4% de vapor d’água

Instrumentos de medição

HIGRÔMETRO – Mede a umidade relativa do ar.

HIGRÓGRAFO – Grava a umidade relativa do ar.

Umidade Absoluta

É a razão absoluta entre a massa de ar e a massa de vapor de água considerada.

É expressa em:  g/m3        Ex:   2 g/m3

Ponto de Orvalho

Temperatura que um volume de ar deve atingir para tornar-se saturado com o valor de água nele existente.

Aerossóis ou Núcleo Higroscópico

São partículas com a propriedade de acumular água. Ex: Sal – Cloreto de sódio / Arroz no saleiro.

Resfriamento

  • Radiação Transporte de calor SEM MEIO FÍSICO (Calor>OndaMagnética>Calor)
  • Convecção Transporte VERTICAL de calor
  • Advecção Transporte HORIZONTAL de calor
  • Efeito orográfico Formação de nuvens no topo das montanhas
  • Efeito dinâmico Formação de nuvens pelo movimento de massa de ar

Tipos de Precipitação

Chuva

Gotas de água visivelmente separadas com diâmetro mínimo de 0,5 mm

Chuvisco

Gotículas de água menores que 0,5 mm e uniformemente dispersas, que parecem flutuar no ar, acompanhando o sopro da brisa.

Granizo

Grãos de água congelada, semitransparentes redondos ou cônicos. Cada grão se compõe de um núcleo de água-neve encoberto por camada de gelo muito fina, que lhe dá aparência vidrada, com diâmetro entre 2 e 5 mm.

Acima de 5 mm a ocorrência de SARAIVA.

Neve

Cristais hexagonais, irradiados ou estrelados comumente misturados com cristais de gelo simples.

Quantidade de Precipitação

Mede-se a altura da água acumulada numa superfície horizontal e num determinado intervalo de tempo.

Nas formas sólidas, observa-se a altura real da massa acumulada no solo antes de haver fusão.

Unidades de medida:

Formas líquidas:                                       mm

Formas sólidas                                          cm

Intensidade de Precipitação (Chuva)

Chuva

Leve                                  5 mm / h

Moderada                       5,1 a 25 mm / h

Forte                                25,1 a 50 mm /h

Chuvisco

Leve                                   0,25 mm / h                                  Visibilidade > 1.000 m

Moderada                        0,25 a 0,5 mm / h                         Visibilidade de 500m a 1.000 m

Forte                                 > 0,5 mm /h                                  Visibilidade < 500 m

Caráter

É o aspecto de continuidade com que a precipitação ocorre.

Nuvens

Processos de formação

Convectivo

  1. Água aquece
  2. Água evapora
  3. Vapor de água sobe por convecção para níveis mais altos
  4. Vapor é resfriado pela baixa temperatura em altitude
  5. Vapor de água condensa
  6. Gotículas de água ficam em suspensão
  7. Gotículas se acumulam formando nuvens.

Orográfico

  1. Massa de ar se choca com a base da montanha
  2. Aumenta a pressão e baixa temperatura
  3. Formam-se nuvens no topo da montanha.

Dinâmico

  1. Ar quente e úmido encontra Ar frio
  2. A baixa temperatura condensa a umidade do Ar quente
  3. Formam-se nuvens.

Aspectos

Estratiformes

Nuvens com grande extensão horizontal

Normalmente associadas BOM tempo

Cumuliformes

Nuvens com grande extensão vertical

Normalmente associados ao MAU tempo

Tem bases e extremidades bem definidas.

Fases do CB

Desenvolvimento              Fase inicial do CB.

Maturidade                         Base da nuvem mais escura e lisa. Cheio de água em baixo da nuvem.

Declínio / Dissipação        Quando o CB está se dissipando. Dá pra ver outras nuvens por trás.

Tipos de Nuvens: Ilustração
Tipos de Nuvem: Foto

RAS – Razão Adiabática Seca

-1º C / 100 m.

A razão adiabática seca é a variação da temperatura de uma parcela de ar seco que se eleva até a base de uma nuvem.

Conforme a massa de ar vai subindo, a temperatura vai caindo, até que fica igual ao ponto de orvalho. A água condensa e forma-se a base da nuvem.

É usada na fórmula para calcular a altura da base da nuvem.

RAU – Razão Adiabática Úmida

-0,6º C / 100 m                ( -2º C  / 1.000’ )

A razão adiabática úmida é a variação da temperatura de uma parcela de ar úmido (dentro de uma nuvem) que se eleva da base de uma nuvem até o topo.

É usada na fórmula para calcular a altura de uma nuvem.

Superadiabáticos ou Gradiente Autoconvectivo

É uma Razão adiabática que supera – 1º C / 100 m.

Não supera a razão de -3,42º / 100m.

Associada: Trombas d’água, furacões, tornados, onde não há equilíbrio atmosférico.

NCC – Nível de Condensação Convectiva

É o nível onde o ar saturado se condensa e dá origem a nebulosidade convectiva, geralmente nuvens cúmulus.

Neste nível a temperatura do ar é igual ao ponto de orvalho.

A altura do NCC equivale à altura da base da nuvem.

Temperatura convectiva

É a temperatura que, em superfície, dá origem ao processo de convecção que irá formar as nuvens cumuliformes.

Gradiente do Ponto de Orvalho

-0,2º C / 100 m

Fórmula para calcular a base das nuvens (Apenas para nuvens convectivas)

Base da Nuvem = ( 100 m /  ( 1º – 0,2º ) ) * (TemperaturaExterna – TemperaturaPontoOrvalho)

ou simplesmente

Base da Nuvem = 125 * (TT – TdTd)

Equilíbrio da Atmosfera

A atmosfera real possui valores negativos (inversão térmica) até o valor máximo de 3,42º / 100 m.

Gradiente Térmico
Atmosfera ISA
Gradiente Térmico
Razão Adiabática SECA
Atmosfera equilíbrio ESTÁVEL
Gradiente Térmico
Razão SUPERadiabática
Atmosfera INSTÁVEL
º C ft m º C ft m º C ft m
2          1.000       304,8 1         3.030      100,00 3,42         3.030      100,00

 

Equilíbrio do AR SECO

Dependendo da variação do GT da atmosfera, será afetado o equilíbrio atmosférico.

Equilíbrio Atmosférico ESTÁVEL                                                        GT < RAS : 1º C / 100 m

Equilíbrio Atmosférico NEUTRO OU INDIFERENTE                 GT = RAS : 1º C / 100 m

Equilíbrio Atmosférico INSTÁVEL                                                    GT > RAS : 1º C / 100 m

INSTABILIDADE Atmosférica ABSOLUTA ou MECÂNICA      GT = Grad. Autoconvectivo : 3,42º C / 100 m

 

Equilíbrio do AR SATURADO – Unidade relativa 100% – Vapor de água 4%

Dependendo da variação do GT da atmosfera, será afetado o equilíbrio atmosférico.

Equilíbrio Atmosférico ESTÁVEL                                                                                     GT < RAU : 0,6º C / 100 m

Equilíbrio Atmosférico NEUTRO ou INDIFERENTE                                                                            GT = RAU : 0,6º C / 100 m

Equilíbrio Atmosférico INSTÁVEL                                                                                   GT > RAU : 0,6º C / 100 m

 

Equilíbrio CONDICIONAL

Equilíbrio Atmosférico ESTÁVEL                                                                                     GT  entre 0,6º e  1º

 

Tempo associado ao Equilíbrio

ESTABILIDADE INSTABILIDADE
Visibilidade Ruim Boa
Nuvens NVO, NVU, NVS, FUM Cumulifomes
Precipitação Leve e contínua Pancada
GT < RAS : 1º / 100m > RAS : 1º / 100m
Gelo Escarcha (gelo mais frio / visível) Claro (transparente / menos visível)
Ar Calmo Turbulento, Rajadas, Trovoadas.

Nevoeiro (ou Neblina)

Aglomerado de gotículas d’água em suspensão.

É uma nuvem status junto a superfície.

Visibilidade                       < 1000 METROS

Umidade Relativa            > 95% < 100%

Condições favoráveis para formação de nevoeiro

  1. Ventos fracos na superfície
  2. Umidade relativa do ar alta
  3. Núcleos de condensação – Sal / poeira / aerosóis
  4. Resfriamento

Tipos de Nevoeiro

  1. De massas de ar
    1. Radiação (ou Superfície )
    2. Advecção (de vapor / marítimo / orográfico / brisa / glacial) – Encontro de 2 massas de ar
  2. Frontais
    1. Pré-frontal (antes de uma frente QUENTE entrando)
    2. Pós-frontal (depois de uma frente FRIA saindo)

Névoa ÚMIDA (Mist)

Difunde melhor cor AZUL.

É diferente do nevoeiro por causa da MAIOR VISIBILIDADE.

Visibilidade                       >= 1000 METROS

Umidade Relativa            >= 80% < 95%

Névoa SECA (Haze)

Difunde melhor a cor VERMELHA

Concentração de partículas sólidas dentro de uma camada estável da atmosfera. (São Paulo final de tarde)

Pode estender-se da superfície até 4.000 m

Visibilidade                       >= 1000 METROS

Umidade Relativa            < 80%

Hidrometeoros

Fenômenos aquosos formados pela água na forma gasosa (Nuvens e Nevoeiros) e/ou forma líquida e sólida.

Apresentam sob a forma de depositados ou precipitação.

Depositatos

Orvalho

Gotículas de água depositadas por condensação direta do vapor água, principalmente nas superfícies horizontais.

Causa: Radiação Noturna – Radiação Terrestre

Geada

São cristais de gelo fino, que se depositam nas condições semelhantes ao orvalho, porém com temperatura <= 0 na superfície.

Escarcha

Quando existe um nevoeiro, super resfriado, camadas brancas de cristais de gelo formam-se em formato pontiagudo em superfícies verticais nas pontas e arestas de objeto.

É um estágio mais avançado da geada.

Sincelos

Pequenas formações em forma de coluna que se formam do escorrimento de telhas e telhados.

É uma escarcha mais avançada. Ex: Estalactite.

BR – Nevoa Úmida (Mist)

Visibilidade entre 1.000m e 5.000m – Umidade relativa entre 85 a 95%

HZ – Nevoa Seca (Haze)

Visibilidade entre 1.000m e 5.000m – Umidade relativa até 80%.

Precipitado

RA – Chuva (Rain)

Diâmetro mínimo de 5mm.

DZ – Chuvisco (Drizzle)

Diâmetro < 5mm. É a que mais restringe visibilidade.

SN –Neve (Snow)

Sólida – Flocos

GR – Granizo PEQUENO / GS – Granizo GRANDE

Grande > 5 mm

Intensidade – Precipitados

Leve

Visibilidade > 1.000m

Moderada

De 500 a 1.000m

Forte

Visibilidade < 500m

Caráter – Precipitados

Intermitente

Nimbusstratus

Contínuo

Stratiformes

Pancadas

Cumuliformes

Litometeoros

Minúsculas partículas sólidas em suspensão na atmosférica.

HZ –Névoa Seca (Haze)

Visibilidade >= 5.000m UR menor que 80%. Difunde a luz vermelha.

DU – Poeira (Dust)

Visibilidade <= 5.000m. Difunde a luz amarela.

FU –Fumaça

Visibilidade <= 5.000m

FUFG –Fumaça com Nevoeiro

Fumaça com nevoeiro FUFG, dispersa com alto índice de UR umidade relativa.

 

Visibilidade Atmosférica

É maior distância na qual um objeto pode ser visto e identificado a distância sem o auxílio ótico.

É o grau de transparência da atmosfera.

Pode ser:

  • Estimada
  • Medida
  • Predominante

Visibilidade Horizontal

É observada num mesmo plano ao longo dos 360º em torno do ponto de observação.

Visibilidade ESTIMADA

É ESTIMADA. Através do conhecimento da distância de pontos de referência conhecida.

É usada uma carta de visibilidade que indica a distância dos pontos visuais de referência visíveis.

Visibilidade Estimada

Visibilidade MEDIDA

Medida através do alcance visual na pista (RVR) = distância máxima ao longo de uma pista de pouso medida através de visibilômetros.

RVR = Runway Visual Range

Codificada no METAR/SPECI precedida pelas letras M (minus) ou P (plus)

Ex:

50m = M0050             Visibilidade inferior a 50m
2000m = P2000          Visibilidade superior a 2.000m

Visibilidade Vertical

É a distância máxima que um observador por ver e identificar um objeto na vertical.

Quando baixo, a visibilidade vertical no METAR precedida pelas letras “VV” e seguida por 3 números representando centenas de pés.

Ex:

VV010 = Visibilidade vertical (teto) 1.000 ft.

É codificada somente em condições de céu obscurecido.

Alcance:              Balão teto, farol teto e tetômetro.

Visibilidade Oblíqua

É uma linha de visada inclinada em relação a horizontal.

É medida pelo tal do visibilômetro também.

Visibilidade de Aproximação

Distância na qual um piloto em sua trajetória de planeio de aproximação por instrumento, pode ver os auxílios de pouso no umbral da pista.

Fenômenos que reduzem a visibilidade

  • Nevoeiro
  • Nevoa Úmida
  • Nevoa Seca
  • Fumaça
  • Poeira
  • Precipitações
    1. Chuvisco

Turbulência

É um movimento irregular do fluxo de ar, acarretando agitações ascendentes e descentes sobre uma aeronave em voo.

Tipos de turbulência

  1. Convectiva (ou térmica)
  2. Orográfica (por irregularidade de terreno)
  3. Mecânica (ou de solo)
  4. Dinâmica
    1. Frontal
    2. De céu claro CAT (Clear Air Turbulence)
    3. Cortante de vento (windshear)
    4. Esteira de turbulência

Turbulência Convectiva

É mais comum e intensa sobre locais onde há regiões de terra e água próximas no período diurno.

Com o gradiente térmico RAS entre 0,6 e 1,0 a turbulência ocorre sempre dentro da nuvem

Se o RAS for maior que 1,0 / 100m (superadiabático) ocorrerá também fora da núvem

Turbulência Orográfica

Movimento de massa de ar por causa de irregularidades no terreno.

Depende da intensidade do vento e da altura do relevo.

Turbulência Mecânica ou de Solo

Os efeitos dependem principalmente da altura dos obstáculos e da intensidade do vento.

Turbulência Dinâmica – Frontal / Frente quente

Ascensão do ar quente e úmido e instável na rampa frontal.

É uma frente fria que vem empurrando uma massa de ar quente e causando instabilidade.

CAT – Clear Air Turbulence

Mais comum entre 20.000’ e 40.000’

Ocorrem na base e nas margens da JET STREAM (JTST), não ocorrem no núcleo ou eixo da Jet Stream.

Turbulência Cortante de Vento – Windshear

Variações verticais ou horizontais do vento com muita velocidade.

OBS: Windshear não é visível, mas o Microburst é.

Essa DERRUBA aeronave mesmo!

Esteira de Turbulência

Par de vórtices que giram em sentidos opostos , provenientes das pontas das asa de uma aeronave, durante a decolagem e pouso.

 

Intensidade da turbulência

Critério mais objetivo:  a turbulência vai interferir na velocidade indicada VI (ou IAS).

LEVE:                             IAS oscila de 05kt a 15 kt.                                   Objetos soltos voam.

MODERADA:               IAS oscila de 15kt a 25 kt.                                   Tripulantes voam.

FORTE:                          IAS oscila de 25kt a 35 kt.                                   Aeronave pode perder o controle.

 

Rosa dos Ventos

Rosa dos Ventos

Pontos cardeais

  • E: este ou leste
  • N: norte
  • W: oeste
  • S: sul

Pontos colaterais

  • NE: nordeste
  • NW: noroeste
  • SE: sudeste
  • SW: sudoeste

Pontos subcolaterais

  • ENE: este-nordeste
  • ESE: este-sudeste
  • SSE: sul-sudeste
  • NNE: norte-nordeste
  • NNO/NNW: norte-noroeste
  • SSO/SSW: sul-sudoeste
  • OSO/WSW: oeste-sudoeste
  • ONO/WNW: oeste-noroeste

Vento

“Ar em movimento horizontal ou aproximadamente horizontal”

Características:

  • Direção
  • Velocidade
  • Caráter

Direção do vento:

  1. De onde vem (sempre)
  2. Informado de 10 em 10 graus
  3. Referente ao Norte Magnético: Pousos e Decolagens
  4. Referente ao Norte Verdadeiro: Metereologia / Navegação aérea

Velocidade do Vento

Distância percorrida na unidade de tempo, expressa em Kts.

Caráter do Vento

Aspecto de continuidade do vento.

Médio: Observado/existente por no mínimo 10 minutos

Rajada: Vento intermitente em que a diferença entre a sua velocidade normal, e a velocidade média é de no mínimo 10 kts, num período não superior a 20s.

OBS: Vento é medido pelo ANEMÔMETRO.

Efeitos do vento

Pousos e decolagens:     Vento de proa – CONTRA O VENTO

Navegação aérea:           Vento de cauda – A FAVOR DO VENTO

 

Física dos Ventos

O ar é “movido” pela FGP – Força de Gradiente de Pressão. Que tenta igualar a preção de 2 massas.

 

 

Efeito de Coriolis

É o efeito da rotação da terra sobre massas de ar ou aeronaves em voo.

Hemisfério SUL:  Desloca para ESQUERDA / HORÁRIO

Hemisfério NORTE:  Desloca para DIREITA / ANTI-HORÁRIO

Efeito de Coriolis

Bizu Hemisfério SUL

No hemisfério SUL é como abaixo, no norte é tudo ao contrário

Ciclones no Hemisfério Sul

Bizu Hemisfério Norte

Ciclones no Hemisfério Norte

Lei de Buys-Ballot

Sempre que você voa com VENTO DE CAUDA no hemisfério SUL, terá massas de ar com BAIXA PRESSÃO a DIRETA e massas com pressão mais ALTA a esquerda.

DICA: Sempre que voar com vento de cauda, e encontrar um CB a frente, deixá-lo a DIREITA (por que o CB está se deslocando da área de alta pressão Para a área de baixa – da esquerda para direita)

Circulação geral de ventos

Barostrófica – Circulação por diferença do gradiente de pressão FGP.

Geostrófica – Circulação por diferença do gradiente de pressão FGP + Efeito de Coriolis.

Inferior:               Abaixo de 20.000’

Superior:             Acima de 20.000’

Massa de ar

É um vasto volume de ar de grande espessura, que apresenta uma certa homogeneidade horizontal, propriedades físicas quase uniformes, ao mesmo nível, e principalmente no que concerne a temperatura umidade e pressão.

Origem

Região onde a massa de ar adquire as características que servem para sua identificação

Quanto maior o período de contato, maior a espessura da massa de ar.

São bem definidas, e estão localizadas normalmente no FL 180 – nível hpa 500 hpa.

OBS: Não há formação de massas de ar nas latitudes temperadas.

Origens

As massas de ar são designadas por letras maiúsculas que definem as latitudes de origem

  • Equatoriais
  • Tropicais
  • Polares
  • Antárticas e Árticas

OBS: Massas de ar árticas, antárticas e equatoriais, são aquelas que induzem ou dão origem as massas polares e tropicais.

As letras indicarão também indicarão

  • K – Frio
  • W – Quente
  • C – Continentais
  • M – Marítimas

EX:

CPK – Massa de ar continental Polar Fria (Origem Tipo Qente/Frio)

Massas Marítimas

São em geral mais úmidas

Massas Continentais

São em geral menos úmidas

Massas Equatoriais

São mais aquecidas e mais úmidas. São as massas que formam os tornados por causa do efeito de corioli, entre outras coisas.

Massas Tropicais

Mesmo as massas tropicais mais frias são sempre mais quentes que as polares mais frias.

Gelo

Se forma em voo entre -10º C e 4º C. em condições de umidade  – CUIDADO!!!!

Massa de ar FRIA

Características:

  1. Instabilidade GT > 1º C / 100M
  2. Nebulosidade cumuliforme
  3. Visibilidade boa
  4. Turbulência
  5. Formação de gelo claro
  6. Umidade diminuída
  7. Precipitação tipo pancada ou intermitente

Massa de ar QUENTE

Características:

  1. Estabilidade GT <= 1º C / 100M
  2. Nebulosidade estratiforme
  3. Visibilidade ruim
  4. Ar calmo
  5. Formação de gelo opaco
  6. Umidade aumentada
  7. Precipitação contínua

Frente Estacionária

Equilíbrio entre a massa de ar polar e a tropical (pressão densidade).

Frente Frontogênese

Formação ou regeneração de uma frente fria, quente, oclusa ou estacionária.

Frente Frontólise – Dissipação

Dissipação ou enfraquecimento de uma frente fria, quente oclusa ou estacionária.

Chegada de Frente FRIA

Ocorre quando o ar mais frio desloca o ar mais quente.

É preciso que a pressão caia na frente quente para a fria poder entrar.

Declive:                        1: 80

Deslocamento:           Hemisfério Sul: de SW para NE (vem da argentina para o sudeste do Brasil)
Hemisfério Norte: de NE para SW

Pressões:                     Área pré-frontal : pressões diminuem
Área frontal: valores mínimos
Área pós-frontal: pressões sobem

Temperaturas:           Área pré-frontal :  temperaturas aumentam
                                       Área frontal:  temperaturas diminuem
                                       Área pós-frontal:  temperaturas diminuem

Ventos:                         Hemisfério SUL:
                                       Área pré-frontal :  ventos NW
                                       Área frontal: ventos W
                                       Área pós-frontal:  ventos SW

                                       Hemisfério NORTE:
                                       Área pré-frontal :  ventos SW
                                       Área frontal: ventos W
                                       Área pós-frontal:  ventos NW

Nevoeiro:                     Pós-frontal

Nuvens:                        Área pré-frontal :  CI – Cirrus / CS – Cirrus Stratus chegando primeiro uns 1 ou 2 dias antes, quando a frente fria está chegando, seguindo-se depois as nuvens médias principalmente do tipo cumuliforme.

Linhas de Instabilidade

Antes da frente fria, vem uma linha de instabilidade, resulta em forte instabilidade, ligeira convergência e variação brusca de pressão.

Ocorre sobre as latitudes temperadas e subtropicais, entre 100km e 300km adiante.

Condições normalmente mais violentas do que na frente fria.

Chegada de Frente QUENTE

Está ligada a uma área de estabilidade.

Ela ocorre quando o ar mais quente desloca o ar mais frio ocupando seu lugar.

São mais lentas e menos violentas que as frentes frias.

Declive:                        1: 150

Deslocamento:           Hemisfério Sul: de NW para SE (vem da região equatorial para o sudeste)
Hemisfério Norte: de SE para NW

Pressões:                    Área pré-frontal : pressões diminuem mais acentuadamente
Área frontal: valores mínimos mais acentuadamente
Área pós-frontal: pressões sobem mais acentuadamente

Temperaturas:            Área pré-frontal :  temperaturas aumentam
                                       Área frontal:  temperaturas aumentam
                                       Área pós-frontal:  ligeira queda

Ventos:                         Hemisfério SUL:
                                       Área pré-frontal:  ventos SW
                                       Área frontal: ventos W
                                       Área pós-frontal:  ventos NW

                                     Hemisfério NORTE:
                                       Área pré-frontal :  ventos NW
                                       Área frontal: ventos W
                                       Área pós-frontal:  ventos SW

Nevoeiro:                     Pré-frontal

Nuvens:                        A seqüência de nuvens é a característica principal da chegada da frente quente:
CI -> CS -> AS/AC -> SC e NS -> CU/CB -> ST
Nuvens de estágio ALTO -> MÉDIO -> BAIXO

Frente Estacionária

Quando um sistema frio ou quente estaciona, ou quase estaciona sobre uma região.

As condições de tempo são semelhantes às de uma frente quente.

Caracteriza-se pela continuidade do tempo associados a ela por vários dias.

Frente Oclusa

É quando se unem uma frente fria com frente quente, ou quente com frente fria.

 

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