TV – Teoria de Voo – 2012-01-31
Aerodinâmica e Teoria de vôo
Aerodinâmica é uma ciência que faz parte da física e estuda o movimento do ar e sua interação com os corpos.
A teoria de vôo por sua vez é a aplicação da aerodinâmica ao projeto e a operação das aeronaves em geral e a dos aviões em particular
- Forma de Asa
- Arrasto mínimo
- Poucos redemoinhos
- Forma de Esfera
- Muito arrasto
- Redemoinhos
- Forma de Plano
- Muito arrasto
- Muitos redemoinhos
Velocidade
É uma distância percorrida por uma unidade de tempo. Na aviação além das unidades métricas como m/s e km/h são também usadas as seguintes unidades inglesas:
- Pé por minuto (ft/m)
- Milha por hora (mph)
- Nós (kt = NM/h)
Massa
Quantidade de matéria contida num corpo.
- Kg – Quilograma
- Lb – Libra (0,454 kg)
Força
Tudo aquilo que é capaz de alterar o peso de um corpo.
- Kgf – Quilograma força
- Lbf – Libra força
f = m * a => Força = Massa * Aceleração
Densidade
É a massa de um objeto por unidade de volume.
Ex: gasolina possui uma densidade igual a 0,72 kg/litro, ou seja, cada litro de gasolina pesa 0,72 kg
Trabalho
É o produto da força pelo deslocamento.
Energia
É tudo aquilo capaz de gerar trabalho.
Cinética: É a energia contida em um corpo em movimento.
Potencial Gravitacional: É a energia de um corpo em posição elevada.
Energia de pressão: É a energia de um liquido sob pressão
Potência
Trabalho produzido por uma unidade de tempo
p = f * v => Potência = Força * Velocidade
Geralmente media em HP
1 HP = 33.000 foot-pounds per minute.
Aceleração
Variação da velocidade por unidade de tempo.
Momento, Torque ou Conjugado
É tudo aquilo que pode causar reação.
Pressão
É a força por unidade de área.
Primeira lei de Newton – Inércia
Todo corpo tem a tendência de permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
Segunda lei de Newton – Gravitação Universal
Essa lei afirma que a aceleração é diretamente proporcional a força aplicada e inversamente proporcional a massa do corpo.
Terceira lei de Newton – Ação e Reação
A toda ação corresponde uma reação em intensidades igual e sentido contrário.
Velocidade Absoluta
Velocidade de um corpo medida em relação a terra.
Velocidade Relativa
Velocidade medida em relação a outro corpo.
TV – Teoria de Voo – 2012-02-07
Lei dos gases
Densidade constante
A pressão AUMENTA proporcionalmente ao aumento de temperatura.
Pressão constante
A densidade DIMINUI proporcionalmente ao aumento de temperatura.
Temperatura constante
A densidade AUMENTA proporcionalmente ao aumento de pressão.
Altitudes
Altitude Verdadeira
É a altitude real que a aeronave se encontra em relação ao nível do mar. Voo usando altitude.
Ajuste QNH – Voo usando Altitude.
Altitude Pressão
É a altitude baseada na pressão atmosférica padrão 1013f hPa.
Ajuste QNE – Voo usando FL (Flight Level)
Altitude Densidade
É a altitude baseada na densidade do ar da Atmosfera Padrão. Ë usada para especificar o teto de subida, que é a altitude máxima que o avião pode atingir.
TV – Teoria de Voo – 2012-02-14
Escoamento
É o movimento de um fluido gasoso ou líquido, pode ser de 2 tipos:
- Laminar ou Lamelar
- Turbulento ou Turbilhonado
Quantidade de Escoamento
Quanto menor o diâmetro do tubo de escoamento maior será a pressão e velocidade.
Pressão estática É aquela que não depende do movimento do fluído.
Pressão dinâmica É aquela causada pelo impacto do ar.
Pressão Total É a somas das pressões dinâmicas e estáticas.
Velocímetro
Apresenta a velocidade INDICADADA – VI
Utiliza um tubo de pitot para calcular a diferença entre a pressão dinâmica e estática.
Vermelho VNE – Velocidade NUNCA exceder
Amarelo Velocidade em Ar Calmo
Verde Velocidade em Ar Turbulento
Branco Velocidade com Flaps
Velocidade INDICADA – VI
É a velocidade indicada pelo velocímetro, ao qual é a correta para um avião voando ao nível do mar, na atmosfera padrão.
Velocidade AERODINÂMICA – VA
É a velocidade do avião em relação ao ar.
Ela é também denominada Velocidade Verdadeira e deve ser usada nas formulas matemáticas de Teoria de Voo.
Para navegação aérea, a VA ainda NÃO é a velocidade real do avião.
É necessário corrigi-la em função do vento atmosférico a fim de obter a velocidade em relação ao solo.
A VA aumenta na razão 2% para cada 1.000’.
Ex:
1000’ | 2000’ | 3000’ | |
VI | 200 kts | 200 kts | 200 kts |
VA | 204 kts (+2%) | 208 kts (+2% x 2 = +4%) | 212 kts (+2% x 3 = +6%) |
Velocidade SOLO – VS
Velocidade da aeronave em relação ao SOLO.
Vai ser diferente da VA caso haja vento de proa ou de cauda.
Velocidade CALIBRADA – VC
É a velocidade calibrada, corrigida para os erros de instalação do pitot e instrumento.
Teoria de Bernoulli
“Um aumento na velocidade de um fluido em escoamento causa uma redução na pressão estática
Tubo de Venturi
Uma aplicação do teorema de Bernoulli.
É usado nos falecidos carburadores dos veículos.
TV – Teoria de Voo – 2012-02-28
Ângulo de ataque crítico
É o ângulo de ataque onde a sustentação atinge o valor máximo num determinado ângulo.
Fórmula da Sustentação
L = ½ * P * V2 * S * CL
L = Sustentação
P = Densidade do Ar
V = Velocidade
S = Área da asa
CL = Coeficiente de Sustentação
Observação: A forma mais fácil de ganhar sustentação é aumentando a velocidade, picando a aeronave.
Fórmula do Arrasto
D = ½ * P * V2 * S * CL
D = Arrasto
P = Densidade do Ar
V = Velocidade
S = Área da asa
CD = Coeficiente de Arrasto
Observação: É a mesma fórmula da sustentação.
Arrasto Induzido
É o arrasto que ocorre na ponta da asa, pela diferença entre a maior pressão no intra-dorso e a menor pressão no extra-dorso. O ar vai tender, por diferença de pressão a ir de baixo para cima da asa, criando um vórtex, uma turbulência.
Arrasto Parasita
É o arrasto da aeronave em relação ao movimento
É gerado por superfícies que não geram forças úteis ao voo.
TV – Teoria de Voo – 2012-03-14
Eixos e comandos
Vertical Guinar Guinagem
Lateral Picar / Cabrar Arfagem / Tangem
Longitudinal Rolar Rolagem / Rolamento / Bancagem
TV – Teoria de Voo – 2012-03-26
GMP – Grupos moto propulsores
Tração
Aviões a hélice, a hélice puxa ou “cava” o ar e puxa o avião para frente.
Empuxo
Aviões a reação tem. O motor comprime o ar e “empurra” ele para fora.
Grupo Moto Propulsor é o conjunto dos componentes que fornece a tração/empuxo necessários para movimentar a aeronave.
Diferença entre motores a pistão / reação:
Os motores a reação são baseados na 3ª lei de Newton (Ação e reação).
Os motores a pistão também contam a 3ª lei de Newton, na combustão dentro da câmara de combustão, porém ele depende inteiramente da combustão, se ela não acontecer não há energia disponível para a tração, ao contrário dos motores a reação, onde a combustão é acessória e em teoria, não seria necessária para gerar o empuxo.
Tipos de potência
Potência Efetiva
É a potência medida no eixo da hélice.
É medida com o dinamômetro, varia da marcha lenta, até a potência máxima.
Potência Nominal
É o que está escrito no manual do motor.
É a potência efetiva, máxima para qual um dado motor foi projetado. Encontra-se nas especificações do motor.
Depende do passo da hélice que estiver em uso.
Potência Útil
É a potência de tração que a hélice fornece ao avião.
Tipos de Hélice
Passo Fixo
É feita em uma peça inteira, tem o mesmo passo em todas as fases de voo.
É projetada para ter um rendimento médio em todas as fases de voo,
Passo Ajustável
Seu passo pode ser ajustado pelo mecânico em solo.
É igual a uma hélice de passo fixo, só que o passo é ajustável.
Passo Controlável
Seu passo pode ser ajustado em voo.
O piloto ajusta o passo da hélice para cada fase de voo.
Manual
O piloto executa o controle do passo.
Contrapesos
O passo é automaticamente controlado por meio de contrapesos que funcionam por ação de força centrifuga.
Governador
O passo é controlado automaticamente por um mecanismo elétrico ou hidráulico denominado governador.
São chamadas também de “Hélice de Velocidade Constante”.
Passo da Hélice
Passo é o avanço produzido por uma hélice a cada rotação.
Passo teórico
Seria o avanço que a hélice teria se o ar fosse um sólido.
Passo efetivo
É o avanço que a hélice tem efetivamente no ar, que é um fluido.
Torção / Angulação da Pá
Serve para deixar tração ao longo da extensão da pá mais uniforme.
A velocidade da ponta da asa (e a força necessária) é muito maior.
Passo Chato
É quando o ângulo de ataque da pá da hélice é zero, ou seja, a pá não exerce tração.
A hélice vira uma “parede” funcionando como um freio aerodinâmico.
Passo Mínimo / Passo Máximo
É a quantidade de areia, versus a quantidade de “pazadas”.
Mais pazadas com quantidades menores de areia, cava o buraco mais rápido do que pazadas cheias de areia, mas com poucas pazadas.
Passo mínimo = máximo RPM
Havendo um passo mínimo (muito pequeno) o motor terá de rodar mais, maior RPM.
Gera mais tração disponível. É usado na decolagem.
O avanço é maior por que a hélice vai girar mais.
Passo máximo = Mínimo RPM
Havendo um passo máximo (muito grande) o motor terá de rodar menos, menor RPM.
Como o aumento do passo, a hélice precisará girar menos, e o motor precisará girar menos, precisando de menos potência, e economizando combustível.
Propelor Wash
É o fluxo de ar gerado pela propulsão da hélice.
O ar, sendo empurrado circularmente pelo cavar da pá, vai bater na deriva (estabilizador vertical), provocando uma guinada conforme se aumenta a RPM.
TV – Teoria de Voo – 2012-01-31
Velocidades
VNE – Velocidade Never Exeed – Traço vermelho no
VNO – Velocidade Normal Operation – Área verde do velocímetro
Voo Planado
VG – Velocidade de Glide / Planeio
TV – Teoria de Voo – 2012-04-23
Estabilidades da Aeronave
Uma aeronave possui três tipos de estabilidade:
- Longitudinal Cabrar ou Picar
- Lateral Rolar ou Bancar
- Direcional Guinar
Equilíbrios Aerodinâmicos
Estável
Tende a permanecer em equilíbrio.
Se levar uma “rajada” tende a voltar a voar em equilíbrio.
Ex: Cone de pé (Apoiado na base) = Fica parado, ou seja, é estável.
Indiferente
Tende a se afastar do equilíbrio, mas fica afastado da mesma forma.
Mantém o que a “rajada” fizer com o avião, se alterar o pitch em 10º, fica nos 10º.
Ex: Cone de ponta cabeça (Apoiado pela ponta) = Não fica parado em pé, ou seja, é instável.
Instável
Tende a se afastar cada vez mais do equilíbrio.
Se levar uma “rajada” o pitch é alterado em 10º, e vai aumentando indefinidamente.
Ex: Cone de ponta cabeça (Apoiado pela ponta) = Não fica parado em pé, ou seja, é instável.
Estabilidade Longitudinal e Lateral
Estabilidade em relação aos eixos longitudinal e lateral da aeronave.
- Longitudinal: Tendência de: Cabrar e Picar
- Lateral: Tendência de: Rolar ou Bancar
Tendência ESTÁTICA em relação ao equilíbrio
É a tendência estática, ou seja, sem a interferência do piloto.
Um avião pode ser:
- Estaticamente ESTÁVEL
- Estaticamente INDIFERENTE
- Estaticamente INSTÁVEL
Relação Centro de Gravidade / Peso cauda
Quando a cauda é LEVE o avião é estaticamente ESTÁVEL
Quando a cauda é PESADA o avião é estaticamente INSTÁVEL
Em outras palavras:
Se a resultante de sustentação (asa + estabilizador vertical) ficar A FRENTE do CG, teremos a cauda mais “PESADA”, ou seja: INSTABILIDADE.
Se a resultante de sustentação (asa + estabilizador vertical) ficar ATRÁS do CG, teremos a cauda mais “LEVE”, ou seja: ESTABILIDADE.
Tendência DINÂMICA em relação ao equilíbrio
É a tendência do equilíbrio em relação aos comandos do piloto, ou seja, como o avião se comporta aos comandos dinâmicos.
Em conclusão uma aeronave pode ser:
- Estaticamente ESTÁVEL
- Dinamicamente ESTÁVEL
- Dinamicamente INDIDERENTE
- Dinamicamente INSTÁVEL
- Estaticamente INDIFERENTE
- Estaticamente INSTÁVEL
Influência na Estabilidade Lateral
OBS: estabilidade lateral é somente dinâmica, não existe estabilidade lateral estática.
Diedro
Diedro Positivo: Lateralmente EQUILIBRADO
Diedro Negativo: Lateralmente DESEQUILIBRADO
Diedro Neutro: Lateralmente INDIFERENTE
Efeito de Quilha (em relação ao vento lateral)
Diretamente ligado ao quanto de massa existe acima ou abaixo do CG.
Área atrás do CG é maior: Lateralmente EQUILIBRADO
Área a frente do CG é maior: Lateralmente DESEQULIBRADO
Efeito de Fuselagem
É o quanto a fuselagem prejudica a passagem de vento lateral de um lado para o outro.
Muita área acima da asa: Lateralmente DESEQULIBRADO
Muita área abaixo da asa: Lateralmente EQUILIBRADO
Enflechamento
Enflechamento Positivo: Lateralmente EQUILIBRADO
Enflechamento Negativo: Lateralmente DESEQULIBRADO
Distribuição de Peso
Quanto maior o peso acima ou abaixo do plano das asas, maior a INSTABILIDADE.
No avião de asa alta, o peso da fuselagem abaixo da asa funcionará como um “pendulo” balançando, mas tendendo ao equilíbrio.
DICA: coisas principais para o piloto se preocupar:
- Velocidade = Energia
- Bolinha centrada
Regras Básicas
- Pilotar
- Navegar
- Comunicar